Tuesday, October 24, 2006
Thursday, August 10, 2006
Friday, April 14, 2006
Tempos da Queda
Toma-me, ó noite, nos teus braços
E clama-me teu filho
O meu trono de sonhos e cansaços.
Minha espada, pesada braços lassos,
Em mãos viris e calmas entregues,
E meu cetro e coroa – eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços.
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas, de um tinir tão fútil,
Deixei-as, pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia.
_________________
Abro o blog, depondo minha realeza.
A todos os seres do jardim, seu rei declara: estamos nos tempos da queda.
E clama-me teu filho
Eu sou um rei.
Que voluntariamente abandonei O meu trono de sonhos e cansaços.
Minha espada, pesada braços lassos,
Em mãos viris e calmas entregues,
E meu cetro e coroa – eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços.
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas, de um tinir tão fútil,
Deixei-as, pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia.
_________________
Abro o blog, depondo minha realeza.
A todos os seres do jardim, seu rei declara: estamos nos tempos da queda.